De internauta a webwriter em questão de frames
Reencontrei um artigo que eu havia escrito há 3 anos atrás, quando migrei da publicidade offline para a online. Na época ele foi publicado no Zupi, um portal muuuuito legal sobre Design e outros assuntos ligados à comunicação. Vale a pena ler (algumas informações estão com data de validade vencidas...)!
De internauta a webwriter em questão de frames
Ainda me lembro da primeira vez em que acessei a Internet, usando um dos computadores do laboratório da faculdade de Publicidade em 1995. Naquela época, minhas preocupações eram apenas ler minhas mensagens no Hotmail e buscar no Cadê? a relação das agências para as quais eu poderia mostrar o meu portfólio. Como redatora, eu sonhava em criar títulos criativos para anúncios de página dupla na Veja, roteiros para filmes no intervalo do Jornal Nacional ou quem sabe um spot divertido para alguma rádio FM. Internet jamais! Meu negócio era propaganda, advertising.
Uma década depois, já com mais maturidade profissional, descobri que, além de preconceituosa, eu estava sendo burra! Dá pra ser criativo em anúncio ¾ de página, nem todo filme precisa ser veiculado na Globo e se o seu produto é material de construção, nada melhor do que os programas esportivos das rádios AM. Tudo isso sem falar na Internet, que revolucionou a forma de comunicação entre as pessoas, incluindo a relação entre empresa e consumidor.
Se o rádio ensinou aos meus avós que para manter os dentes limpos é preciso escová-los diariamente e a televisão ajudou os meus pais a escolherem a marca de creme dental que deixa os dentes mais brancos, a Internet por sua vez me possibilitou não só interagir com o fabricante do produto, como também participar de uma comunidade exclusiva que recebe vantagens por cuidar da saúde utilizando a referida marca. Eu, consumidora e usuária de Internet, me aproximei cada vez mais dos produtos e serviços que melhor me atendem e passei a ser assediada todos os dias por outros produtos e serviços que também querem se relacionar comigo. Muitas vezes à força.
Desde que passei de internauta à redatora web, ou seja lá como se chama a minha função, tenho por objetivo demonstrar que as intenções dos meus clientes são sérias, duradouras e não visam apenas a aumentar seu market-share. Eles estão na Internet porque suas mensagens são relevantes. Este foi o argumento que usaram na empresa onde atuo para me contratar e é para isso que eu trabalho: porque no passado outros redatores me apresentaram mensagens altamente relevantes, como Christina Carvalho Pinto que me inspirou a escrever meus primeiros textos segurando um lápis Faber-Castell ou Washington Olivetto, que me fez assumir a adolescência e comprar meu primeiro Valisère. Nenhuma criança da minha época jamais confundiria a propaganda da Faber-Castell com a da Tilibra, ou uma adolescente, a propaganda da Valisère com a da DuLoren. Estas marcas me acompanham até hoje porque souberam cultivar a minha percepção.
Acredito que a Internet possui vocação suficiente para abrigar campanhas memoráveis que vão muito além de banners, pop-ups e e-mail marketings. Meu desafio diário é desvendar as possibilidades desta mídia e cativar seus usuários com informações relevantes. Desculpem-me, Christina e Washington, mas mesmo seguindo os seus passos, minha carreira de redatora offline chegou ao fim. O futuro da comunicação exige um profissional híbrido. A partir de agora, me chamem de webwriter, ou seja lá como se chama a minha função.
Barbara Hilsenbeck
Redatora, webwritter ou sei lá o que da Full Tecno
barbara.hilsenbeck@fulltecno.com.br
De internauta a webwriter em questão de frames
Ainda me lembro da primeira vez em que acessei a Internet, usando um dos computadores do laboratório da faculdade de Publicidade em 1995. Naquela época, minhas preocupações eram apenas ler minhas mensagens no Hotmail e buscar no Cadê? a relação das agências para as quais eu poderia mostrar o meu portfólio. Como redatora, eu sonhava em criar títulos criativos para anúncios de página dupla na Veja, roteiros para filmes no intervalo do Jornal Nacional ou quem sabe um spot divertido para alguma rádio FM. Internet jamais! Meu negócio era propaganda, advertising.
Uma década depois, já com mais maturidade profissional, descobri que, além de preconceituosa, eu estava sendo burra! Dá pra ser criativo em anúncio ¾ de página, nem todo filme precisa ser veiculado na Globo e se o seu produto é material de construção, nada melhor do que os programas esportivos das rádios AM. Tudo isso sem falar na Internet, que revolucionou a forma de comunicação entre as pessoas, incluindo a relação entre empresa e consumidor.
Se o rádio ensinou aos meus avós que para manter os dentes limpos é preciso escová-los diariamente e a televisão ajudou os meus pais a escolherem a marca de creme dental que deixa os dentes mais brancos, a Internet por sua vez me possibilitou não só interagir com o fabricante do produto, como também participar de uma comunidade exclusiva que recebe vantagens por cuidar da saúde utilizando a referida marca. Eu, consumidora e usuária de Internet, me aproximei cada vez mais dos produtos e serviços que melhor me atendem e passei a ser assediada todos os dias por outros produtos e serviços que também querem se relacionar comigo. Muitas vezes à força.
Desde que passei de internauta à redatora web, ou seja lá como se chama a minha função, tenho por objetivo demonstrar que as intenções dos meus clientes são sérias, duradouras e não visam apenas a aumentar seu market-share. Eles estão na Internet porque suas mensagens são relevantes. Este foi o argumento que usaram na empresa onde atuo para me contratar e é para isso que eu trabalho: porque no passado outros redatores me apresentaram mensagens altamente relevantes, como Christina Carvalho Pinto que me inspirou a escrever meus primeiros textos segurando um lápis Faber-Castell ou Washington Olivetto, que me fez assumir a adolescência e comprar meu primeiro Valisère. Nenhuma criança da minha época jamais confundiria a propaganda da Faber-Castell com a da Tilibra, ou uma adolescente, a propaganda da Valisère com a da DuLoren. Estas marcas me acompanham até hoje porque souberam cultivar a minha percepção.
Acredito que a Internet possui vocação suficiente para abrigar campanhas memoráveis que vão muito além de banners, pop-ups e e-mail marketings. Meu desafio diário é desvendar as possibilidades desta mídia e cativar seus usuários com informações relevantes. Desculpem-me, Christina e Washington, mas mesmo seguindo os seus passos, minha carreira de redatora offline chegou ao fim. O futuro da comunicação exige um profissional híbrido. A partir de agora, me chamem de webwriter, ou seja lá como se chama a minha função.
Barbara Hilsenbeck
Redatora, webwritter ou sei lá o que da Full Tecno
barbara.hilsenbeck@fulltecno.com.br
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